Ao longo da história a mulher tem sofrido várias formas de discriminação, na questão profissional e salarial, sexual e amorosa, na família, na vida pública e na privada. Mas de onde vem essa cultura que coloca a mulher sempre em segundo plano?
Tivemos várias conquistas, lutando por nossos direitos e por mais igualdade entre homens e mulheres. Hoje podemos estudar, ter uma profissão, casar-se, separar ou não se casar, ter filhos ou não ter filhos. Mas será que fazemos isso tranquilamente ou ainda nos preocupamos com o que os “outros” vão pensar, se nossas escolhas irão agradar ou desagradar os outros.
Eu sou responsável pela minha vida, sim eu sei, mas na lista de exigências em ser uma “boa” mulher e cuidar de tudo e de todos, sobra tempo, ou eu “tiro” um tempo para cuidar de mim?
Tenho percebido que é justamente isso que nos falta, CUIDAR DE NÓS como prioridade, para depois cuidar do outro. Não isso não é egoísmo, como já estamos acostumadas a ouvir, isso é necessidade. Estar sempre exausto e no limite, parece que virou o novo “normal” e até tem um certo “status de ser importante” por não ter tempo....mas aonde esse caminho irá nos levar? E se você pudesse fazer o que realmente deseja, faria tudo do jeito que está fazendo?
Ter um tempo para o nosso autocuidado, sem culpa, mesmo que seja pra “jogar conversa fora” com alguém ou qualquer outra coisa que goste de fazer e sinta prazer, é necessidade básica para nossa saúde e bem estar. Precisamos aprender a dizer não, quando isso exige mais do que podemos dar, quando nos custa caro demais e dizer sim para nós mesmas, ouvir e acolher as nossas necessidades. Não somos a “Mulher Maravilha” e nem devemos ser, podemos ser como somos, respeitando a individualidade de cada um sem padrões de cobrança e exigências que nos sugam até alma. Quando aprendemos que temos a possibilidade de fazer as nossas escolhas torna-se uma delícia SER MULHER.
E você, o que ainda você não conquistou?
Leonice Perosa
Psicóloga
Especialista em terapia de casal e família
CRP 12/06273
