A volta do horário de verão foi descartada pelo ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, na quinta-feira (30).
O programa foi extinto em 2019 pelo presidente Jair Bolsonaro.
Neste ano, o governo vinha sofrendo pressões de setores da economia para retomar o horário de verão.
Tanto para aliviar a pressão sobre os reservatórios das hidrelétricas durante a crise hídrica, quanto para melhorar os negócios do comércio no Brasil com uma hora de sol a mais durante o dia.
- O horário de verão não se faz necessário no que diz respeito à economia de energia. [O programa] não foi renovado em 2019 e permanece da forma como está - afirmou o ministro.
Diante da crise hídrica, o governo chegou a pedir ao Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) novos estudos sobre a eficácia do programa, que concluiu que o retorno do programa não traria impactos no enfrentamento da crise energética.
Os resultados do estudo são semelhantes aos que justificaram o fim do horário de verão.
As pesquisas afirmam que com a popularização dos aparelhos de ar condicionado, o pico do consumo foi deslocado para o início da tarde, quando faz mais calor.
Por esse motivo, não há mais grande economia em retardar o pôr-do-sol, segundo o governo.
Antes da mudança do perfil de consumo residencial, o pico ocorria no início da noite, quando empresas e indústrias ainda funcionavam e mais pessoas estavam em casa utilizando eletrodomésticos.
Fonte: Diário Catarinense