Santa Catarina tem o 2º maior valor médio de transações PIX, com R$ 248,96, ficando atrás apenas do Mato Grosso, com R$ 272,44. O Estado está acima da média nacional, que é de R$ 190,57. As informações são do g1.
Ainda assim, um dado chama atenção: os catarinenses são os que menos fazem PIX, comparado aos habitantes de outras regiões brasileiras. São cerca de 25 operações por mês por usuário.
Em relação ao número de transferências, Santa Catarina fica abaixo do panorama nacional, que tem uma média de 32 referências por usuário. Os dados são de 2024 e fazem parte de uma pesquisa inédita da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
O estudo buscou levantar os números da ampla adesão dos brasileiros à ferramenta de pagamentos rápidos, desenvolvida pelo Banco Central (BC) e lançada em 2020. Em 2024, ocorreram mais de 26 bilhões de transações via Pix no país.
Ele também informou que, dos 7,6 milhões de residentes em Santa Catarina, 60,86% fizeram ao menos uma transação em 2024.
O que explica o número baixo e valores elevados?
A principal conclusão da pesquisa “Geografia do PIX”, realizada por pesquisadores do Centro de Estudos de Microfinanças e Inclusão Financeira (Cemif) da FGV, foi que regiões com maior renda entre a população utilizam menos o PIX do que estados mais pobres, onde as pessoas realizam mais transferências, porém em valores mais baixos.
“Estados das regiões Norte e Nordeste registram valores médios de transação mais baixos em comparação com as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Essa diferença pode ser reflexo das desigualdades regionais: usuários de áreas de maior renda tendem a realizar transações de maior valor”, diz o estudo.
É o que explica a situação de Santa Catarina, que faz menos transações, mas com valores maiores.