No quarto fim de semana após a abertura da fronteira em Bernardo de Irigoyen, e após a eliminação da exigência de PCR para vizinhos de até 50 quilômetros, houve um grande movimento na passagem de fronteira com Dionísio Cerqueira.
Em Irigoyen, além da grande fila de veículos, também foram cadastradas pessoas passando mercadorias ilegalmente, pois, embora ali existam os postos da Gendarmaria Nacional, eles não atendem aos controles, pois estão a cerca de 6 quilômetros da fronteira.
Os brasileiros vão às lojas do Irigoyen em busca de produtos comestíveis em geral, além de gás, combustíveis, produtos de limpeza, roupas e calçados, além dos favoritos habituais como vinho, azeite, perfumaria, cosméticos, chocolates e alfajores.
A carne é outra das escolhidas pelos brasileiros e, embora ainda não tenha faltado estoque, estima-se que, se a demanda continuar alta, pode começar a faltar na região.
O combustível lidera as vendas porque o brasileiro consegue por menos da metade do preço de seu país, o que faz com que alguns postos de gasolina comecem a faltar. Existem quatro estações de serviço e onde faltam com mais frequência é na YPF. Ainda não foram limitadas cotas de vendas ou feitas linhas diferenciadas, mas os banhistas das estações já receberam diversas reclamações de consumidores argentinos pedindo prioridade de venda.
A busca por combustível em latas, a pé, em bicicletas, motocicletas, em baús ou carrocerias de veículos já faz parte da paisagem Irigoyense. Outra das maiores diferenças de preços está na compra de gás do lado argentino onde a botija de 13 quilos custa cerca de 800 pesos (35 a 40 reais) enquanto no Brasil ronda os 4 mil pesos (mais de 100 reais).
Portal Tri com informações El Territorio